Boas Vindas

As pessoas em geral gostam de definir a si mesmas como indefiníveis. É sempre assim, as menos humildes dizem que são simples e as mais realistas dizem que não sabem.

Desconexo não? Sim, muito. Mas em todas essas pessoas há o desejo de se expressar e de se mostrar pra que desse modo alguém enfim a defina, a conheça ou tente entendê-la. Seja pelo modo como se veste, pela turma com quem anda ou pela música que escuta (geralmente uma coisa puxa a outra), o desejo de se mostrar ao mundo é indiscutível e indispensável.

Já em outras vezes as pessoas mais frágeis falam demais, as mais sensatas ouvem o suficiente e as mais tímidas nem sempre se manifestam. O fato é que o melhor modo de demonstrar a sua opinião é escrever. Sendo você tímido, retraído ou mesmo quando você sabe, gosta e quer se expressar, sempre haverá um lápis e um papel, ou o velho computador amigo.

Por causa disso e por muitas outras coisas, sempre pensei que ler e escrever fosse renovador, tranformador e universal. Então, quando não tiver nada pra fazer e quiser ler alguma coisa que talvez melhore o seu dia, dá uma passada aqui, me esforçarei imensamente pra que minhas opiniões e conceitos sejam acima de tudo interessantes e que você leia, goste e volte. (:

quinta-feira, 3 de março de 2011

Ué, quem acredita sempre cansa.


 Ultimamente, confiar nas pessoas não está fácil. Até porque, as relações, hoje em dia, costumam ser puramente comerciais. Entretanto, ainda existem pessoas que prezam a “palavra” e a “troca de favores” algo que eu sinceramente admiro, mas desaprovo. 
 Eu sou uma das pessoas que prezam pela “palavra”, apesar de ter ciência do risco que se corre ao confiar em alguém, ao dar o voto de confiança; ninguém é puro que não possa trair e nem é perverso que não possa ajudar. Mas admito que seja preciso coragem para confiar em alguém, muita “fibra moral”,rs.
 Tanto por isso, as relações e todos os tipos de acordo são feitos mediante um contrato, um pacto perante a lei pra que seja cumprido. A coisa é tamanha, que as pessoas assinam papéis para se casar, quer dizer, somente as palavras e as juras de amor não são suficientes para oficializar uma relação(é, nisso eu concordo, mas enfim).
Infelizmente, pra nós, a sociedade está num estado de degradação absurdo e todos os bons valores (não necessariamente, certos), a moral, o bom senso de modo geral, está “saindo de moda” e as pessoas tendem a desvalorizar conceitos simples, como o respeito.
 Enfim, não sou moralista, não sou um exemplo a ser seguido e nem quero ser. Apenas aprendi que a moral é autônoma, unilateral e invariável. Não é preciso que se façam juízos de ninguém, contudo, respeito e ética são valores que devem estar sempre na mente de todos. Olhando por esse lado, é muito importante decidir em quem depositar a confiança, portanto, analisar bem e pensar 15 vezes antes de contar “aquele segredo” emprestar “uma graninha” e principalmente, sociedade, “entregar o coração”(é, foi indireta mesmo, quem é, sabe) rsrs.
Bom senso e senso de justiça. Confiar e esperar nem sempre é a melhor solução, mas ninguém disse que é errado.                                                    
Thauana C. (:

O amor é o calor que aquece a alma. É mesmo?


  Ah, o amor. Que bela merda não? Pois é, as pessoas compõem músicas, escrevem poesias, recitam textos, produzem filmes, etc. Todo mundo fala deste pequeno notável, o amor. O que eles não sabem ou fingem não saber é que na vida real não existe esse belo romance que eles pintam; diante disto você é obrigado a crescer numa sociedade iludida que te faz pensar que tem príncipe encantado, cavalo branco e olhem, até castelo.
  Não importa o quanto você fuja dele, ele sempre vem até você. Amar é o paradigma social mais uber, desde sempre; tanto é que a primeira profissão do mundo, foi viver de amor(ou da ilusão do amor). De todas as maneiras, amor só é bom enquanto você pensa que  é correspondido, e sinceramente, quer ser correspondido manda uma carta pelo correio e pede resposta.  Depois disso, o amor só traz tragédia. Sofre-se, mata-se aos outros e a si mesmo, chora-se, humilha-se e todas as outras loucuras são feitas por amor. O que, na minha opinião, é doença, mas o amor é uma praga que deveria ser extinta da humanidade. Pessoas que amam menos vivem mais e têm uma visão bem abrangente das coisas, além de serem consideradas psicopatas e etc.
  Vejam bem, não existe essa de amor verdadeiro, as pessoas têm objetivos muito bem estabelecidos, ou você se relaciona por sexo/prazer, ou por dinheiro/status ou por pena/atração;  o amor é uma invenção. Uma palavra simbólica que não possui representação precisa, cuja única forma de representação é um coração, idiotas, o amor é coisa da sua cabeça. Tá no cérebro.
  De toda forma, amar é bom, quem ama sabe, mas eu acredito de verdade que quem nunca amou na vida é muito mais feliz. Disse Raul Seixas uma vez que quem amou por um dia sequer da vida jamais será feliz, eu concordo. E sim, queridos, falo isso por sofrer desse mal, que deveria desde já ser extirpado da face da Terra.
  Enquanto isso, eu espero o dia que mudarei de opinião e encontrarei meu greatest love of all. Aaah vá? Você acha mesmo que eu não quero? Quem muito desdenha quer comprar, né? Mas enfim, se conselho fosse bom não se dava, vendia, porém, como eu gosto de você, leitor, que arranja tempo e paciência para ler minhas sandices, lá vai: Não ame. Evite maiores aborrecimentos. (:

But, everything changes.

  
  Bem, tudo muda. Tanto em nós como no meio. Não importa se é uma mudança no jeito de falar, andar ou vestir; se é no lugar onde vivemos ou nas pessoas com quem andamos, tudo se transforma.
O que aconteceu comigo, recentemente, foi uma mudança de ares, mudança esta que brevemente mudará também o meu comportamento.E acredito que você, caro leitor também está passando por uma situação assim em sua vida.
   O modo como vivíamos antigamente, já não é mais o modo como vivemos agora e por isso, eu tenho alguns pontos a citar: casa, escola e amor. Acredito que a esmagadora maioria das pessoas já mudou de casa, apartamento, seja o que for; que talvez seus pais tenham-se separado ou apenas melhorado sua condição social, que por isso, muitos fizeram amigos e largaram alguns(não necessariamente os esqueceram), e sendo assim, a mudança lhes trouxe algo que eles certamente não teriam se não houvesse ocorrido a tal mudança.
  A escola é algo mais fácil de explicar e exemplificar, justamente porque a grande maioria das mudanças comportamentais das pessoas vêm dela. Todo mundo mudou de escola. Não importa se você só mudou do maternal para outra instituição ou se você mudou a cada ano de uma escola para a outra, tudo está no quadro das tranformações. A mudança mais brusca desse processo é, sem dúvidas, a universidade, mas isso fica para outro dia. O que se sabe é que não somente mudou-se de escola, mas mudou-se com ela.
E por fim o amor, eu acredito piamente que tudo na vida tem um porquê, e com o amor não seria diferente. As pessoas, no geral, reclamam de seus relacionamentos anteriores ou da falta deles: “Ah, eu nunca tive um relacionamento”,” Ah, não acredito que meu namoro acabou”. Sem muitas vezes se darem conta de que a mudança seguinte de sua vida está, quase sempre, relacionada ao fracasso ou ausência do relacionamento anterior. E não somente, as concepções vão-se transformando ao longo do tempo, sem percebermos, aquele sonho adolescente já não é mais o ideal romântico e dessa maneira supõe-se que a mudança já ocorreu.
  O importante não é avaliar a mudança e sim tentar compreendê-la, pois, se ela é algo tão natural, não é certo julgá-la pela primeira impressão nem tampouco condená-la com boa ou má. Toda mudança tem seu lado positivo e negativo, o que nos resta, portanto, é buscar o melhor sentido dela. Afinal de contas, custa tanto assim mudar? (:

Os homens.


  Depois de algum tempo de pesquisa eu tentei entender o que querem os homens. De certo jamais será possível entendê-los e é importante que se conste que essa pesquisa é baseada no SENSO COMUM, portanto, aqui não há uma fórmula mágica para compreendê-los, apenas, minha singela opinião. (Trechos de A Cúmplice- Fábio Júnior)
“Eu quero uma mulher que seja diferente de todas que eu já tive todas tão iguais.”
   Segundo minhas pesquisas, os homens de um modo geral gostam de mulheres autênticas e decididas, que tenham personalidade suficiente para fazer com que seus desejos sejam atendidos, que seus gostos não sejam contrariados e principalmente que não se deixem levar por qualquer conversa.
“Que seja minha amiga, amante e confidente, a cúmplice de tudo que eu fizer a mais.”
Por mais que não digam, os homens estão sempre à procura de alguém que lhes seja muito mais que uma mulher e sim uma companheira com quem possa compartilhar seus gostos, suas intimidades, seus medos e suas alegrias, alguém com quem possam contar sempre e que ainda assim possam viver independentes deles. Não querem que vivam para eles e sim, com eles.
“A pele cor de sonho, as formas de maçã.”
   Convenhamos que beleza é uma parte fundamental e é notório que a maioria dos homens aprecia uma bela mulher. Contudo, a beleza de fato para eles vem do sentimento que eles nutrem pela mulher, ou seja, a célebre frase: o amor é cego, é real. O importante é que se entenda que a primeira coisa que o homem olha numa mulher é a beleza, mas não é o que determina para que ele se apaixone por ela.
“Uma mulher de coloridos modos… Que morda os lábios sempre que for me abraçar.”
Mulheres espalhafatosas e que fazem o ridículo para chamar atenção são dignas de pena. Tentar chamar a atenção de um homem assim nunca o fará olhar para você, fará com que ele se afaste. Mulheres naturalmente simpáticas que têm um charme especial que atrai os olhares por onde passam, essas sim chamam a atenção.
   Os homens quando se apaixonam gostam de uma mulher por inteiro, não possessiva ou obsessiva, apenas que quando esteja com ele, faça com que o mundo desapareça ao seu redor e que ela compartilhe da mesma sensação.
“E o seu silêncio obrigue a me fazer sonhar.”
   Quem não gosta de mistério? Não podia ser diferente com eles. Uma mulher faceira e que nunca revela todos os seus segredos é o maior desejo de qualquer homem. E outra, homem adora mulher difícil, são naturalmente conquistadores, predadores no meio dos cordeirinhos, ou melhor, das cordeirinhas. Uma mulher nunca deve mostrar todas as suas armas, pois eles adoram novas descobertas.
”De dia uma menina à noite uma mulher.”
   Uma mulher carinhosa, dengosa, voluntariosa e meiga é um sonho pra um homem, mas pureza demais é coisa pra freira. Um pouco de pecado é importante, claro, quando há respeito mútuo, portanto, saibamos a hora de sermos anjos comportados e fofos e a hora de sermos demônios cheios de luxúria e desejos carnais. Rs
   Por fim, gostaria de dizer que nenhum homem é igual ao outro, existem milhões deles por aí e cada um tem sua personalidade. Cabe a você, leitor, sendo homem ou mulher, entender-se ou entender ao outro. Alguém disse certa vez que a última mulher que tentou compreender aos homens morreu de tanto rir. Então caríssimos não sou eu que vou tentar entendê-los.

Conto de uma noite de verão

  
 Cheguei, o mar batia contente na areia, a lua estava lá. Mais linda do que sempre e seu brilho me fascina, ela sabia que eu viria, não eram precisas apresentações. Já nos conhecíamos.
O vento também veio ao meu encontro, dando-me um suave beijo. Fecho os olhos. Estávamos felizes. Decido ir até o fim da praia, acanhada; o mar imenso então, toca meus pés com delicadeza, percebo que fiz a coisa certa. Sem virar as costas me afasto, dando espaço para o grande mar, ele entende e não recusa. É o objetivo.
As estrelas brilham no céu radiantes, brigando entre si, pra saber a quem eu vim ver.
- Ela veio ver a mim, diz a mais brilhante.
- Não! Ela veio me ver! Diz a mais próxima da lua.
Eu não estava lá por nenhuma delas. Estava por todas elas. Foi o que lhes disse; elas estão felizes, parecendo precisar da minha presença. Eu que preciso delas.
A lua irrita-se com a pouca atenção que lhe dedico, então ela brilha intensamente, obrigando-me a olhá-la. O mar também olha, ele vibra. A lua o faz feliz. É à noite que eles consumam seu amor, um do outro, o outro de um.
O vento mais uma vez vem ao meu encontro e brinca com minhas roupas, fazendo-me sorrir. Ele talvez as esteja fazendo cócegas; elas também estão sorrindo.
A sensação de estar nesse lugar me traz paz, mas não me completa. Resolvo quebrar o silêncio e timidamente pergunto ao mar:
- Por que me sinto tão vazia e incompleta? Por que sou seca e amarga? Por que tenho a alma idosa das pessoas a quem recrimino?
A lua se esconde atrás das nuves de algodão, nunca adaptou-se à tristeza. Sempre a viu. O mar, por outro lado, quebrou mais intensamente, fazendo-me corar. Abaixo a cabeça tímida, resolvo me sentar e o vento me acarinha. ” É normal, minha querida. Não se sinta só, estamos aqui com você.” O mar nada diz, ele espera que eu me acalme; assim eu fiz.
Dessa vez ele quebra o silêncio: - Mulher, você já amou?
- Sim - Respondo - Ele sabe que não. Eu também.
- Mulher, você já foi amada?
- Não. Ele sabe que persisto em mentir. Eu também, mas não entendo o porquê.
Faz então a pergunta derradeira, a que mais toca e eu sei que é o que ele deseja.
- Mulher, você se ama? Ele pergunta resoluto.
- Não como gostaria. Respondo sinceramente.
Ele relaxa e quebra numa deliciosa onda. Espera um instante, e em seguida diz:
- Primeiro, se ame. Isso preencherá o vazio de sua alma.
Eu espero outras instruções, percebo que o mar está triste, ele comtempla seu amor. Ela vai embora, ele sabe disso. Eles despedem-se. Eu não interrompo.
Eu também comtemplo a lua em sua magnitude, rica e graciosa. Sorrio. Ela brilha em retributo. Cada vez mais, sua luz fica mais fraca e com ela vai-se a escuridão.
O vento torna-se uma suave brisa, ela brinca com minha pele e naquele lugar, eu consigo sorrir.
O mar então quebra o silêncio e dá sua segunda instrução:
- Quando aprender a se amar, ame a vida, mulher. Sua mente se tranquilizará e a paz que deseja lhe virá em seguida.
O sol começa a raiar. E é de um laranja que tira minha atenção do mar, mas ele não se chateia. Ele é magnânimo.
O tempo passa um pouco e enfim eu vejo o sol nascer; num amarelo-claro, lindo.
O mar, dessa vez, pede minha atenção quebrando vagarosamente perto de meus pés.
- E por fim, mulher, ame alguém. Ele sabe que é a tarfea mais difícil. Eu também, mas não pensei que seria fácil. Eu não pensei que seria nada.
- Com farei pra realizar tudo isso? Minha voz tem um ínfimo desespero, me calo.
- Terás de descobrir, pois, é a sua vida. Ele diz e eu percebo que sua voz não é autoritária, é benevolente.
Olhamo-nos por um tempo, a brisa macia me acaricia, fazendo com que eu feche os olhos. Foi a deixa.
- Você está pronta para isto? Ele pergunta. Mas minha resposta não vem de imediato.
- Não - respondo com toda sinceridade que consigo, o mar já está cansado das minhas mentiras. Eu também - mas estou disposta a tentar.
Ele nada mais me diz. O céu está azul anil, repleto de grandes cadeias de algodão, o mar está relaxado, o sol está brilhando e a brisa me toca com suavidade.
Me aproximo um pouco mais. Fecho os olhos. Era tudo que eu precisava saber.
” …O vento beija meus cabelos, as ondas mandam em minhas pernas, o sol abraça o meu corpo, meu coração canta feliz.

E é humano se ferir.

  
   As pessoas sempre pensam na morte. Do porquê de morrer, pra onde vão, se vão ficar bem. Mas, em alguns casos, há pessoas que jamais acreditamos que irão morrer, que são para nós, como super-heróis. Existem crenças e crenças, mas a verdade absoluta, que independe de qualquer uma delas, é que todos morrem. Nunca me perguntei o porquê, na realidade, mas é impossível não associá-la a perda, ou à outra coisa negativa, mas não é.
   Nossos pais, avós, irmãos, melhores amigos e todos os outros essenciais em nossa vida parecem que nunca nos vão deixar. São de uma força e presença em nós que, no geral, não nos deixam de fato. Mas é importante que se aprenda a aceitar a idéia de que estes não estarão conosco para sempre, que não são imortais e que não têm super-poderes.
   Acreditamos sempre, que os que nos são caros não podem se machucar, não sofrem, não sentem dor e que nunca, sob nenhuma hipótese, vão deixar-nos. Por pura leviandade nossa, deixamos algumas coisas por serem ditas, alguns gestos por serem feitos e alguns agradecimentos também. Justamente, por sermos tão crédulos ao ponto de imaginar que eles durarão para sempre.
    Exista ou não explicação para morte, ela sempre virá e sempre nos pegará de jeito, acabando com a nossa própria vida, ou com a de quem nos cerca e a quem amamos. O importante é não avaliá-la como algo negativo, e sim como o fim de um ciclo no qual outro começa e continua até que venha novamente a se findar. Temos que aprender desde já a lidar com as perdas e saber que as pessoas simplesmente vão. Contudo, essas pessoas podem até sair da vida, que é uma efemeridade, mas jamais sairão de nossa história e conosco entram em nossa eternidade.

Esses romanticos…


Um dia desses, conversando com uma senhora muito simpática, começamos a nos perguntar o que houve com o romantismo de antigamente e a discutir o porquê dele ter acabado.
Apenas quem já sofreu influência dessa forma tão expressiva de sentimento pode realmente dizer o quanto faz falta aquele cuidado, a timidez, a conquista, o desejo, o respeito… Tudo isso de forma leve, doce e como não poderia deixar de ser, romântica.
Infelizmente o tempo passa, as coisas mudam e essa coisa tão maravilhosa que é a conquista foi se tornando uma coisa obsoleta e eu diria até discriminada, pois se você é romântico (a) certamente vai ser homossexual(homem) ou virgem(mulher). Que aliás, são as principais culpadas (as mulheres) dessa situação. Antes os homens eram atraídos por nós mulheres e eram incitados a nos conquistar, pela troca de olhares, pelo apego desapegado, pela pureza das palavras. O que definitivamente parou de acontecer, porque, se antigamente levavam-se meses pra entrar em vias-de-fato hoje em dia, basta uma conversinha manjada e sem nenhum conteúdo que a transa já acontece. Pessoalmente, eu acho isso digno de pena.
De fato, estamos num tempo onde tudo o que menos se quer é compromisso, e ficar por ficar já virou moda, o que desmerece e muito o valor do romantismo num círculo vicioso: “se ele não me quer, porque não pegar e esquecer?”. Isso está certo? Mas é claro que sim. O que não precisa acontecer é que essa criatura perca sua dignidade e se entregue na primeira oportunidade, afinal, qual o valor que esse homem poderá dedicar a uma mulher que não teve a menor dificuldade em pegar e que certamente outros também conseguirão? Qual o propósito de conquistar uma pessoa assim?
Pois é, por isso eu parei para refletir se o romantismo se perdeu no tempo, ou se fizemos questão de apenas esquecê-lo. É inegável, que tudo tem seu tempo e que todas as coisas acontecem por alguma razão, mas se parássemos pra observar os nossos avós, bisavós e assim por diante, perceberíamos que boa parte do sucesso dos duradouros e estáveis relacionamentos que eles tiveram, vêm em função do cuidado que todos eles empregaram na conquista de suas amadas; afinal de contas, jogo da conquista é sem dúvidas a melhor parte de qualquer relacionamento.